segunda-feira, 4 de outubro de 2010

Meus quatorze anos

Quando eu tinha meus treze anos,
Sonhava em completar logo quatorze.
E os quatorze chegaram.
Mas o tempo passou tão depressa...
Que hoje já tenho quinze
E os dezesseis já se aproximam.
Viverei, não há outra escolha,
Mas nunca esquecerei dos meus quatorze anos.
As pessoas que sempre lembrarei...
Conheci com quatorze anos.
Os beijos mais marcantes...
Beijei com quatorze anos.
As lá grimas que mais machucaram...
Chorei com quatorze anos.
O que me doi, é saber que eles não voltarão mais;
Que me resta então?
VIVER !!
Viver os quinze, como se tivesse meus quatorze anos,
Viver a vida, como se tivesse meus quatorze anos.
E fazer de cada ano,
O melhor ano da minha vida.

Francico Ruan - NauR

segunda-feira, 20 de setembro de 2010

Lágrimas


Chorava o céu e chorava Eugênio.
Na escuridão do nada,
Choravam os dois.
O céu chorava, para fazer nascer o novo;
Eugênio, lamentava a morte do que já secou.
Caiam os detritos, da lua padecente,
Que nas lágrimas de Eugênio se dissolvia,
Levada ao mar das tristezas esquecidas,
Pela corrente das águas que chovia.

Francisco Ruan - NauR

terça-feira, 14 de setembro de 2010

Eli, Eli!


Mt.27,46


“Tu me deste liberdade .
Ofereceste a mim, teu amor paterno;
Eu preferi viver na orfandade,
Ser escravo, aprisionado ao inferno.”

Então, me vinheram as riquesas.
E assim... Como vinheram,
Logo se foram.
Paixões me seduziram.
Mas assim como vinheram,
Logo se foram.
E quando o dinheiro e as aventuras
Me abandonaram, chorei.
E enquanto chorava,
Lembrei-me de ti:
_ Meu Deus, meu Deus,
Porque me abandonaste?
Decidi então, voltar para casa
E tu, me avistando ao longe,
Correu ao meu encontro.
As lágrimas ainda não cessaram,
Mas teu abraço me serve de consolo.
Hoje, tenho um pai,
Hoje, tenho um senhor.
Caminho fácil tu não és,
Mas sei que se em um dia,
Um mar de tristezas,
Me servirem de obstáculo
Ordenarei em teu nome
Que as águas se levantem.
E se por acaso, elas não levantarem...
Tu, me farás andar sobre elas.

O filho pródigo


sexta-feira, 20 de agosto de 2010

Somente amigos



(Baseado na história de Arthur e Dorinha)

Amigos eramos, somente;
Quando a convivencia converteu tudo em dor,
A amizade prazeirosa não mas me bastava
Só aumentava cada vez mais o meu amor.
Amigos eramos, somente;
Quando só teu abraço de amigo não me satisfazia
Quanto mais perto de ti ficava,
Mais perto de ti ficar queria.
Só pra te ver, eu acordava,
E pensando só em ti, eu dormia
Amigos eramos, somente;
E hoje, somente amigos somos,
Eu, condenado a viver triste,
Por amar quem não me ama.
Até que chegue o feliz dia,
Que deste amor, se apague a chama,
Todas as vezes que chamar-me de amigo,
Chorarei meu trite drama.
Amigos eramos,
Amigos somos,
Amigos...
Somente!

Francico Ruan - NauR

quinta-feira, 19 de agosto de 2010

Eterno amor


(Poema dedicado á minha mãe- Rozangela Olimpia)


De todos os amores,

O mais sincero;

De todas as paixões,

A única indolor;

De todas as dedicações,

A única gratuita;

De todos os sentimentos,

Amor;

De todos as pessoas,

Mãe!!

FELIZ ANIVERSÁRIO!!




terça-feira, 17 de agosto de 2010

Nossos momentos




"Á Tamíres;
As vezes meu amor morto,
As vezes meu amor fenix:
Resurgido das cinzas,
Mais forte do que nunca,
Ardente."



Antes que o fogo do nosso amor
-Agora ardente,
Se apague dentro de mim;
Nesses humildes versos secos,
Quero exaltar nossos momentos,
Quero falar o que sinto,
Quando tua boca tão macia,
Beija minha rustica face;
Do arrepio que me toma
Quando teus fartos seios,
Se oprimem em meu corpo,
Em um longo abraço.
Meu ser se regozija
No mais inteso amor carnal
E no mais divino amor celeste.
O som das batidas do meu coração
Ecoam - de tão intenso,
E se propagam com o vento,
Junto com o teu perfume
Tão proprio de ti - Suave.
E durante este tempo, somos um...
....
????
Apagou.

Francisco Ruan - NauR








sexta-feira, 13 de agosto de 2010

Chorosa e eterna poesia


Fazer poemas:
Minha única fonte de prazer.
Escrever letras e lágrimas,
Para quem? nunca pude conhecer.

Viver, já não suporto,
Continuar, já não aguento,
Em um duro calvário me coloco
Condenado ao eterno sofrimento

Chorarei até que um dia,
Possa Deus lembrar de mim
E então eu morreria,
Meu martírio teria fim

E enquanto na cova rasa,
Meu corpo frio repousar,
Terei eu a enorme graça
De ir ao ermo e lá ficar.

Condenado á solidão
Só terei eu um penar:
Poder criar poemas
E não os poder publicar.

Francisco Ruan - NauR