sexta-feira, 13 de agosto de 2010

Chorosa e eterna poesia


Fazer poemas:
Minha única fonte de prazer.
Escrever letras e lágrimas,
Para quem? nunca pude conhecer.

Viver, já não suporto,
Continuar, já não aguento,
Em um duro calvário me coloco
Condenado ao eterno sofrimento

Chorarei até que um dia,
Possa Deus lembrar de mim
E então eu morreria,
Meu martírio teria fim

E enquanto na cova rasa,
Meu corpo frio repousar,
Terei eu a enorme graça
De ir ao ermo e lá ficar.

Condenado á solidão
Só terei eu um penar:
Poder criar poemas
E não os poder publicar.

Francisco Ruan - NauR

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