sexta-feira, 9 de julho de 2010
O Belo Pássaro
Morava eu numa casa triste,
Numa casa triste e sem vida.
Até que em um dia, entrou pela janela um belo pássaro,
Um belo pássaro, cujo cantar iluminou minha casa inerte.
Fechei as portas para que o belo pássaro não fujisse,
Não fujisse, e devolvesse minha casa ao ermo.
Apeguei-me ao belo pássaro,
Ao belo pássaro entreguei meu coração.
Não mais me importava o resto do mundo.
O resto do mundo não existia, apenas meu belo pássaro.
Destinei todo o meu tempo a ouvir seu cantar,
Ouvir seu cantar era o que eu comia e bebia.
Minha casa era cheia de vida,
Cheio de vida era eu, na presença do meu belo pássaro
Mas um dia o belo pássaro não encontrei,
Não encontrei minha razão de viver.
Desesperei-me a procura do meu belo pássaro,
O belo pássaro teria fujido de mim?
Ó ingrata ave, desprezou meu amor!
Amor??? Por ninguem mais sentirei!
Volta belo pássaro! Não me deixes a te esperar na janela.
Na janela ficarei a esperar por ti, se não voltares.
Minha triste casa será para mim meu ergástulo.
Será meu ergástulo, até ouvir novamente teu gracioso cantar.
Francisco Ruan - NauR
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